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segunda-feira, 6 de março de 2023

Prós e Contras do Sistema Daemon


Tendo já conhecido melhor o RPG de autoria de Marcelo Del Debbio, sinto-me agora capaz de definir seus pontos fortes e seus problemas, além de sugerir soluções onde couberem.

Em minha análise anterior eu ainda não havia percebido o quão idênticos os atributos propostos pelo Sistema Daemon são daqueles presentes em GURPS (Força, Inteligência, Destreza, Percepção e Força de Vontade), somados a três atributos presentes no Sistema de Kult (Constituição, Carisma e Agilidade), do qual o autor extraiu também literalmente toda a mitologia dos anjos cenobitas de Metrópolis. O primeiro ponto positivo, e original à época, foi que, ao distinguir Destreza de Agilidade, ele pôde distribuir melhor as perícias entre os dois, evitando o desequilíbrio de um atributo mais forte que todos os outros, uma mecânica de jogo que só seria vista novamente na recente 3ª Edição de Mutantes e Malfeitores!

Os Índices de Proteção diferenciados entre cinético, balístico, contra fogo, contra gases, contra eletricidade, contra ácido, contra frio e contra vácuo também parecem ter se originado no Sistema Kult.

Outro acerto foi ter assimilado a mecânica de Pontos Heroicos suplementares aos Pontos de Vida após aquela versão do Tagmar Daemon, o que também homenageia outra grande obra original do RPG brasileiro!

Eu já havia comparado a rolagem de percentagem ao Sistema de Chamado de Cthulhu, da Chaosium, porém, à época não conhecia ainda o uso paralelo da Tabela de Progressão de Testes à guisa das estatísticas heroicas do Sistema Marvel Superheroes, da TSR, o que o torna bem mais versátil durante as sessões de jogo!

Como eu me ative aos atributos, ainda não havia tocado no sistema de magia "inspirado" nas Formas e Caminhos do Sistema do Ars Magica, unido a um sistema de graduações de Focus equivalente às famigeradas "bolinhas" do Sistema Storyteller, também tornado mais versátil e organizado por meio de outra Tabela de Progressão específica. Tal conceito foi tão bem sucedido que acabou replicado nos sistemas de Poderes Psíquicos e de Superpoderes - este com uma Tabela de Progressão mais completa -, além do sistema de Pontos de Fé, que se destaca como o mais original dentre eles! Há também um problema editorial gerado pelo esgotamento do manual básico de Trevas, única publicação da editora Daemon que trazia as regras para os caminhos naturais das Plantas, Animais e Humanos, e da Metamagia, problema este que talvez seja sanado neste ano de 2023 com a prevista quinta edição de Trevas!

Não há como não comparar a lista de Aprimoramentos do Sistema Daemon à lista de Vantagens do GURPS e, posteriormente, a lista de Aprimoramentos Negativos à lista de Desvantagens do GURPS, assim como as listas de Cibernéticos ao GURPS Cyberpunk, e as listas de Poderes Vampíricos, Angelicais, Demoníacos e Espectrais aos poderes do Sistema Storyteller, também com destaque especial para estes poderes pelas suas extensas pesquisas mitológicas e originalidade!

Por fim, na criação e desenvolvimento do personagem, a distribuição de pontos de atributo e de perícias se assemelham ao GURPS, enquanto a distribuição de pontos de aprimoramento e poderes se assemelham ao Sistema Storyteller, com o qual também se assemelha o ganho de Pontos de Experiência e a graduação em Níveis de Personagem, uma mistura tal que reapareceria mais recentemente nos Sistemas True20 e no Nível de Poder dos personagens de Mutantes e Malfeitores, ambos da Green Ronin. Posteriormente, a adoção de Kits de Personagens se assemelharia aos Modelos de Personagem da 4ª Edição do GURPS, uma ótima forma de acelerar a criação de protagonistas e NPCs!

Assim, considero que falte ao Sistema Daemon algumas mecânicas importantes para jogos de ação, como as de proezas físicas de salto em altura e em distância, ou a de distâncias e danos de arremessos por peso do objeto, por exemplo, o que não é difícil de se calcular e propor utilizando a própria tabela de progressão de testes oferecida pelo próprio sistema, inclusive propondo o uso de régua de distâncias sobre um tabuleiro para jogos táticos com tiroteios e cobertura. Também considero que hajam redundâncias entre os sistemas de magia, poderes psíquicos e superpoderes, e que bastaria renomear os Caminhos de Magia para que ele servisse perfeitamente no lugar dos outros dois, inclusive permitindo a criação de Próteses Cibernéticas e de Invenções de Superciência utilizando-se as mesmas regras da criação de itens mágicos! Isso seria uma solução elegante para torná-lo um Sistema praticamente Universal e bem mais fácil de ser dominado pelos narradores!

Agora sou capaz de perceber também as vocações a serem melhor exploradas pelo Sistema Daemon, como a Ufologia, a Ficção Científica e o Terror Espacial no cenário de Invasão, a expansão de Cães de Guerra para cenários de Espionagem, Investigação Policial, Faroeste Caboclo e Máfia (Crime Organizado), cenários de Terror Psiquiátrico (institucional), Biotecnológico (Teratológico) e de Superciência (cientistas loucos) para Trevas, cenários de Aventura (Expedições) à Castlevania, Indiana Jones ou Metroid para Arkanun, cenários de Agentes Marciais à Street Fighter para Anime ou Supers, cenários de Fantasia Urbana, Fantasia Histórica e Fantasia Espacial para Arcádia, entre outros a serem aproveitados por quem já está cansado da mesmice em termos de suplementos traduzidos!

É comum desmerecer os sistemas nacionais como sendo apenas cópias de partes de sistemas estrangeiros, porém eu digo que a mistura de mecânicas e de conteúdos originais do Sistema Daemon acabou por torná-lo único e digno de ser apreciado em nossas mesas de RPG!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Planos para 2016 em diante

Realizações, esclarecimento e felicidades! Ainda estou vivo, não se preocupem!

Continuo fazendo jogos, agora também eletrônicos, não só presenciais, e não abandonei o projeto de RPG Maker sobre a vida de um Mestre de Jogos, mas tenho dedicado muito tempo a aprender sobre os "engines" (motores de jogo), lógica de programação, pixel art, animação, estruturas narrativas, sonorização, gerenciamento de projetos, game design e tudo que vá me ajudar neste projeto e nas tantas ideias de jogos que tenho anotado pelo caminho. Passarei a reportar minhas descobertas aqui no blogue com mais frequência e deixar as procrastinadoras redes sociais principalmente para divulgação das postagens.

Uma postagem no Facebook da RedeRPG pesquisando quais os jogos "crunchy" (granulado, muitas regras a consultar) e "fluffy" (felpudo, muita liberdade narrativa) melhores e piores segundo a galera reacendeu meu interesse pelo empoeirado Fading Suns, porém como seu sistema original é muito ruim para uma ambientação tão foda, encontrei uma adaptação para FATE, que acho que seria um sistema ideal para a proposta do jogo. Outro jogo de ambientação ótima com péssima mecânica citado nos comentários foi Kult, mas ainda não sei qual seria o melhor sistema para uma adaptação do potencial de sua cosmologia.

Idade Média espacial!


Meu filho de 7 anos tem se interessado por "alfabetos" estrangeiros, por causa dos créditos dos desenhos coreanos, chineses e japoneses que ele assiste, então tenho mostrado para ele livros ilustrados sobre kanjis, com ideogramas que ele copia, e já fizemos juntos uma animação no Movie Maker com desenhos que ele fez no Paint e dublagem com efeitos gravada no celular. Quero que isso continue e se torne uma prova de amor tão bonita quanto o método Kumon foi do senhor Toru para seu filho.

Acredito na LudoEduComunicação Prerrogativa (Jogo-Educação-Meios de Comunicação sobre Direitos) como o futuro da aprendizagem civilizadora e tenho planos de implantar esse método de estudo pela produção de conteúdos interativos jurídicos aqui em casa, para colaborar com a conclusão dos estudos por parte de minha esposa e com a formação de meu filho em seu potencial e meu desenvolvimento corporativo e pessoal. Isso merecerá muitas postagens aqui no blogue.

Ilustração... apesar da justiça e dos direitos não dependerem de tribunais!

Não tenho jogado nenhum jogo no computador ultimamente, nem participado de jogos em grupos fixos, mas participei de um playtest de tabuleiro e experimentei um ótimo jogo de dados solitário. Não parei de ler novos manuais, como os do FATE Básico/Core e FATE Acelerado/Accelerated, mas não tem como ampliar o repertório de jogos sem experiências de jogo então voltarei a jogar esse tanto de jogos novos que tenho colecionado no computador e na estante. Sem esquecer de reportar aqui no blogue também. Anunciarei minha mesa no próximo Encontro D30 e tentarei cobrir a partida com entrevistas dos jogadores para publicar aqui depois do evento.

Colocando tudo isso em prática ainda esse ano de 2016 já estarei dando os primeiros passos em direção ao meu objetivo de longo prazo de viver de jogos e arte interativa em tempo integral em vez de depender da minha remuneração num trabalho formal, apesar desse ter sido o "mecenas" de autores que admiro, como Augusto dos Anjos e Franz Kafka, cujas vidas funcionais permitiram que se dedicassem a suas obras ainda que em meio período.