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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Capacidade de Produção Artesanal para Perícias do Sistema Daemon

Que tal parar de atacar e destruir e começar a ser construtivo em seus jogos? Esta é a premissa do RPG Civil, em oposição ao infelizmente tradicional RPG Militarista ou Criminal que tem o combate como núcleo.

Esta regra opcional serve para determinar a quantidade de bens produzidos (transformados) por um artesão a partir das devidas matérias-primas.

Pode-se considerar como Perícias de Artesanato as perícias Artífice*; as Artes* Culinária, Desenho e Pintura, Escultura, Fotografia, Joalheria, e Redação; as Ciências Proibidas ou Alternativas* Alquimia, e Encantamentos; e Falsificação*.

A capacidade de produção artesanal depende da complexidade das peças sendo produzidas, realizando um teste da Perícia a cada hora de produção:

  • Peças fáceis e práticas: 15 peças/dia em caso de sucesso crítico, 2 peças/hora em caso de sucesso, 1 peça/hora em caso de falha, nenhuma peça/hora em caso de falha crítica.
  • Peças simples e rápidas: 10 peças/dia em caso de sucesso crítico, 1 peça/hora em caso de sucesso (mais 1 peça/dia extra ao fim de um expediente sem falhas), 1 peça/hora em caso de falha, nenhuma peça/hora em caso de falha crítica.
  • Peças exigentes: 7 peças/dia em caso de sucesso crítico, 1 peça/hora em caso de sucesso (menos 1 peça/dia não terminada ao fim do expediente), nenhuma peça/hora em caso de falha ou falha crítica.

Para facilitar, considere o gasto de matéria-prima, descontando dos recursos do personagem o valor por cada peça (isso exige uma ligeira pesquisa por parte dos jogadores, o que sempre enriquece o jogo), mesmo no caso de uma falha ou falha crítica, quando nenhuma peça for produzida, mas houver desperdício do material. Na falta dos recursos necessários pelo personagem, nenhuma peça poderá ser produzida. Também é lógico que o valor do material é bem inferior ao valor de venda da peça pronta, pois aí se considera o valor agregado pelo artesão, quando é possível obter lucro com as devidas perícias de comércio e negociação.

Esse artigo faz parte de uma série de RPG Civil de Engenharia de Produção, seguida por capacidade de produção industrial e capacidade de prestação de serviços.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Classe Social e Renda Familiar por Escolaridade (Sistema Daemon)


Nas ambientações modernas, como Trevas, Invasão, Anime, Cães de Guerra ou Supers, todo personagem jovem ou adulto costuma ter uma ocupação remunerada (os vagabundos são exceção, e os incapazes podem até receber algum benefício previdenciário sob a tutela de um Patrono), então nada mais justo que todo personagem principal criado para o jogo tenha calculada sua renda mensal, independente de possuir ou não o Aprimoramento Recursos em sua ficha.

Esta regra opcional serve para determinar a Renda Familiar mensal (considerando como familiares os NPCs definidos pelo Aprimoramento Negativo Dependentes) e a Classe Socioeconômica (conforme os parâmetros do IBGE) de um personagem do Sistema Daemon a partir de suas Perícias Intelectuais, ou seja, baseadas em Inteligência (INT), cujos Pontos de Perícia INT determinam a Escolaridade do personagem.

A fórmula para se obter a Renda Familiar do personagem é a seguinte:

  • Pontos de Perícias INT multiplicado por Pontos de Perícias INT dividido por 3 em R$ (reais) mensais.

A Classe Socioeconômica é definida então pela Escolaridade (Pontos de Perícias INT) e subsequente Renda Familiar:

Escolaridade
(Pontos de Perícias INT)

Salários
Mínimos

Renda
Familiar*

Classe
Social

285+

20+

R$ 27.075,00 ou mais

A

200+

10+

R$ 13.333,33 ou mais

B

130+

4+

R$ 5.633,33 ou mais

C

90+

2+

R$ 2.700,00 ou mais

D

85-

< 2

Até R$ 2.408,33

E

60-

< 1

Até R$ 1.200,00

Informalidade

* Considerar o Aprimoramento Recursos neste cálculo

O fator de divisão por 3 foi balanceado para que a Classe B coincidisse aproximadamente com a média atual de 13,2 anos de escolaridade para as classes sociais altas (A e B). Os valores de escolaridade por classe social da tabela foram definidos pelo valor atual do salário mínimo nominal - de R$ 1.320,00 mensais - valor este considerado apenas aproximadamente 1/5 (um quinto) do salário mínimo necessário para subsistência calculado pelo DIEESE, e que pode ser usado como parâmetro para definir o padrão de vida e de consumo dos personagens e de suas famílias.

Em termos de jogo, a Classe Social de um personagem determina seu padrão de vida e de consumo de bens e serviços. Nada impede que um personagem tente consumir bens e serviços acima de sua Classe Social, mas isso deve se refletir em problemas financeiros (Aprimoramento Negativo Dívidas) para ele. Caso ocorra o contrário, o consumo de bens e serviços abaixo de sua Classe Social, isso não passaria de uma excentricidade por parte do personagem, que traz suas próprias dificuldades, mal-entendidos e oportunidades de interpretação e narrativa.

No caso de vários personagens principais ou Aliados pertencentes a um mesmo núcleo familiar (cônjuges, cunhados, irmãos, primos, agregados, etc), pode-se calcular a Renda de cada um e considerar todas como compondo a Renda Familiar, como se não houvesse apenas um arrimo de família, mas cada um sendo dono de sua própria renda parcial na família.

Sim, esta regra opcional pressupõe uma realidade de pleno emprego baseada nas médias estatísticas e definições instituídas pelo poder público, sendo apenas uma simplificação idealizada frente à complexa dinâmica do mercado de trabalho.